A Estética do Objecto Habitante

A Estética do Objecto Habitante

Em arte, o criador cria objectos dinâmicos, objectos cuja finitude vai para além das circunstâncias criadas. Um objecto dinâmico é um objecto por acabar, um objecto cuja conclusão “finda” (é cumprida enquanto objectivo) apenas com a potencial habitabilidade estética por parte de quem o irá receber.

O criador de arte cria, por isso, um objecto habitante, não um objecto habitado. Um objecto possível de ser habitado pela capacidade de (re)criação de sentido no sujeito espectador, num tempo e num espaço futuros. Um objecto capaz de potenciar o sentido num sujeito futuro. Um objecto de arte, distancia-se infinitamente de um objecto funcional habitado por um sentido prático à nascença. Um objecto de criação artística abre o humano ao mundo das possibilidades infinitas de sentido múltiplo e, por isso, ao universo adjacente daquilo a que chamamos “aporias”.


Ivo Aguiar

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Sobre o Autor

Ivo Aguiar

Leitor omnívoro. Escritor independente. Filosofia, Poesia e Arte em Geral.

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